quarta-feira, 2 de abril de 2014

Sociedades médicas defendem substância monitorada pela Anvisa

Para milhões de diabéticos do Brasil a metformina é uma das principais medicações para controlar doença. A substância apareceu na lista de dez medicamentos monitorados pela vigilância sanitária de SP por uso indevido.

O alerta da Vigilância Sanitária de São Paulo sobre remédios para diabetes que estão sendo usados para emagrecer gerou reação: sociedades médicas saíram em defesa de uma substância que aparece em quatro medicamentos.

Para os 13 milhões de diabéticos do Brasil a metformina é uma das principais medicações para controlar a doença. A substância apareceu na lista de dez medicamentos que estão sendo monitorados pela vigilância sanitária de São Paulo por uso indevido.

Eles são indicados para diabetes, mas estão sendo procurados por quem quer perder peso. A Vigilância Sanitária esclarece: a metformina não é o problema. Ela aparece na lista porque está associada a outras medicações.

“A metformina sozinha ela não causa as reações adversas que foi o foco do nosso alerta terapêutico como reações adversas do pâncreas, como pancreatite, câncer pancreático e problemas na tireoide”, explica Adalton Ribeiro, vigilância sanitária.

A Sociedade Brasileira de Diabetes lembra que a metformina é usada há muito tempo e com sucesso no tratamento da doença.

“A metformina eu te diria que é um remédio fundamental para a maioria das pessoas, que têm diabetes tipo 2, não só no Brasil, como no resto do mundo. Ela é uma medicação que já tem mais de duas décadas de uso, é extremamente seguro, deve continuar a ser usada sem a menor sombra de dúvida”, Walter Menicucci”, diz presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Nos consultórios de endocrinologia muitos médicos receitam para emagrecer os remédios que estão na lista da Vigilância Sanitária. Mas dizem que o acompanhamento do paciente é fundamental.

“Até o momento, os resultados que a gente tem desses estudos do uso dessa medicação em pessoas com obesidade que não são diabéticas, mostram que o resultado é bom, que a medicação ela é segura até o momento. O grande problema é a automedicação”, afirma Cíntia Cercato, endocrinologista e faz parte do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia.

A Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, esclarece que os medicamentos para o tratamento da diabetes, que aparecem na lista da vigilância sanitária de São Paulo, tem que ser vendidos sempre com o pedido do médico. Isso evitaria, por exemplo, a automedicação, e as consequências dela.

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