segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

EUA oferecem incentivos fiscais para desenvolvimento de antibióticos

País está preocupado com possível crise na saúde. Dados do governo afirmam que as superbactérias matam mais norte-americanos do que a Aids

Ampliação no prazo das patentes e benefícios fiscais. Essas são algumas das ações fomentadas pelo governo dos Estados Unidos (EUA) com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de antibióticos pela indústria farmacêutica do país. “Benefícios para as indústrias ajudam, mas não são os pontos fundamentais para o desenvolvimento de novos medicamentos”, explica o diretor de comunicação do Sinfar-SP, Rogério Silveira.
De acordo com dados divulgados pelo governo, pelo menos 100 mil norte-americanos morrem por causa de infecções hospitalares. A maioria delas não responde ao tratamento com antibióticos.

Paralelamente ao avanço do problema, grandes companhias do setor abandonaram esse tipo de pesquisa para fabricar medicamentos mais lucrativos.

Entre 2003 e 2007, a Food & Drug Administration (FDA) aprovou apenas cinco novos antibióticos. No período de 1983 e 1987, foram lançados 16 medicamentos. Atualmente, cinco dos 13 maiores laboratórios dos EUA ainda pesquisam sobre novos antibióticos.

A diminuição desses estudos levou os pesquisadores a alertar que as infecções podem se tornar as principais causas de morte no mundo. Com a descoberta de uma mutação chamada NDM-1, procedente da Índia, torna alguns germes, como a Escherichia coli, invulneráveis a quase todos os antibióticos, os cientistas alertam sobre um possível surto.

No Brasil, desde 2009, a campanha “Uso racional de antibióticos e combate à resistência bacteriana”, realizada pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), atua em várias frentes visando promover debates, palestras e orientações acerca das formas corretas de utilizar os medicamentos antimicrobianos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 50% das prescrições desses medicamentos no mundo são incorretas ou desnecessárias. “Erro na prescrição é um grande problema relacionado à resistência bacteriana”, diz Silveira.

fonte: http://linux.sinfar.org.br/?q=content/eua-oferecem-incentivos-fiscais-para-desenvolvimento-de-antibi%C3%B3ticos

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