sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Há farmacêuticos para todas as farmácias

Data: 16/12/2010
“Farmácias, em hipótese alguma, podem funcionar sem farmacêuticos”. A declaração é do Vice-Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge João, em resposta a uma pergunta de jornalista, sobre como deve ficar a situação das pequenas cidades, onde, segundo a profissional da imprensa, não há farmacêuticos para assumir a responsabilidade técnica dos estabelecimentos. “O que existe não é falta de farmacêuticos, mas, sim, um excessivo número de farmácias e drogarias. Muitas são abertas sem nenhum critério sanitário, e não apresentam comprometimento algum com as questões de saúde da população”, acrescentou o dirigente do CFF.

Ele observou que há, no Brasil, 140 mil farmacêuticos e 60 mil farmácias. “Os proprietários de farmácias e drogarias alegam que a contratação de farmacêuticos representa despesa. Essa argumentação é completamente equivocada. Os proprietários precisam saber que a contratação do farmacêutico é investimento, é valor agregado. Além do mais, sem farmacêutico, a farmácia está irregular e o leigo que se encontra ao balcão, dispensando, está cometendo o exercício ilegal da Farmácia”, denunciou Walter Jorge.
Ele aposta na seguinte idéia: “Se os proprietários, em vez de despesa, ver na contratação do farmacêutico um investimento, os profissionais começarão a migrar para as pequenas cidades do interior”.

DESPROPORÇÃO - Walter Jorge lembrou a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), de que haja uma farmácia para cada 8 mil habitantes. Salientou que, se obedecessem a essa proporção, as farmácias não enfrentariam a cruenta guerra de mercado, onde vale até as propagandas tipo pague dois, leve três (medicamentos); não se transformariam em mercearias, nem fariam do medicamento a mercadoria a que foi rebaixado, hoje em dia. Denunciou que, na maioria das cidades, a proporção chega a ser de uma farmácia para 2.500 mil habitantes.
Para Walter Jorge, as farmácias que não tem condições de contratar um farmacêutico e cumprir o regulamento sanitário, simplesmente, sequer tem condições de ser abertas. A abertura pressupõe que o espaço físico do estabelecimento sofra adequações sanitárias.
Para tanto, ele precisa ser vistoriado pela vigilância, por meio do seu departamento de engenharia sanitária. É preciso, ainda, que mantenha um farmacêutico atuando, durante todo o tempo de funcionamento. E mais: a farmácia deve ter o Certificado de Regularidade expedido pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado. “Farmácias e drogarias são abertas com todas as facilidades, hoje em dia. Há locais que, de dia, são uma drogaria e, à noite, viram garagem”, denuncia Walter Jorge.

O Vice-Presidente do CFF ressaltou que as exigências feitas às farmácias comunitárias são as mesmas feitas às farmácias do setor público. “As farmácias do SUS, também, devem funcionar com o farmacêutico presente, prestando os seus serviços à população, como a orientação sobre o uso correto do medicamento e acompanhando o tratamento”, conclui.

fonte: http://www.sincofago.com.br/sincofago/noticias.asp?id=963

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