sábado, 11 de dezembro de 2010

Medicamentos de uso comum podem atrapalhar a vida sexual

Problemas de próstata também afligem os homens, por medo de perderem a potência sexual. Mas o homem que faz a cirurgia de próstata pode voltar a ter uma vida sexual normal, sem necessidade de prótese.

Problemas de próstata também afligem os homens por medo de perderem a potência sexual. Mas, o homem que faz a cirurgia de próstata pode voltar a ter uma vida sexual normal, sem necessidade de prótese.

A consulta marca o início de uma nova fase no tratamento do carioca Edmilson, operado há quatro meses para a retirada de um tumor na próstata. A doença tão temida pelos homens provoca muitas mortes justamente pela falta do diagnóstico no tempo certo e também porque eles temem perder a potência sexual.
“O homem que fez cirurgia de próstata pode voltar a ter uma vida sexual normal, sem necessidade de prótese. Se ele era normal antes da cirurgia, nós hoje temos técnicas cirúrgicas que permitem que a gente aborde a lesão sem prejudicar a ereção. Logicamente, fica algum tempo comprometida, mas ela recupera. É tranquilo, fácil, já não é motivo de medo de nós médicos de termos sequelas no paciente”, explica o urologista Paulo Brito Cunha.
“A gente trata com medicamentos. Nós que trabalhamos na área da recuperação devemos enfatizar a gente só consegue recuperar, porque o cirurgião fez um ato cirúrgico muito bem feito”, reconhece Paulo Brito.

Casado, pai de dois filhos, o analista de sistemas Edmilson de Carvalho Éder sabia dos riscos da cirurgia na próstata, mas fez uma opção pela vida, enfrentou a doença e aconselha os homens a agir da mesma forma.
“Temos que encarar de frente, com tranquilidade, porque, nos tempos de hoje, a medicina está bem ativa, bem evoluída, e você poderá sobreviver e ter a sua vida sexual estabelecida a curto prazo, questão de um ano, que é o meu caso. Estou confiante, 100%. Estou com 57 anos, saudável, feliz, contente e vou viver muito mais tempo, espero”, conta ele.

Além de problemas com a próstata, medicamentos de uso bastante comum, a partir de certa idade, podem atrapalhar a vida sexual.
A depressão atinge 17% da população mundial e duas mulheres para cada homem. Nadir nunca imaginou ter problemas com antidepressivo, mas o remédio chegou a abalar um casamento nascido de um amor à primeira vista, em uma loja, há quase 40 anos.

“Conversei com ela enquanto atendia e falei: ‘vou te levar em casa’. Quando eu entrei na casa dela, ela me apresentou à mãe dela e eu falei assim: ‘a senhora está conhecendo agora o seu futuro genro’. Assim, na mesma hora. Levei ela em casa e nunca mais nos separamos”, conta o comerciante Norival Borges de Lima.
O casal até trabalha junto, na loja da família. Mas, no ano passado, depois de uma cirurgia para retirada do útero, Nadir começou a engordar, ficou insegura, entrou em crise.

“A médica passou fluxetina e falou: você vai se sentir melhor. Realmente, eu me senti melhor. Em termos da ansiedade, melhorei, comecei a emagrecer, adorei. Mas, por outro lado, estava deixando de sentir vontade de namorar com o meu marido e isso não estava bom”, lembra. “Uma vida, 37 anos de casada, meu marido inteirão. Pensei: ‘pronto, perdi o marido. Ele vai me trocar por duas de 27’”.

“Por mais que você se abstenha, você, como homem ainda na atividade sexual normal, você tem necessidade, você procura. E havia uma certa rejeição”, lembra Norival.

Nadir deixou de tomar o antidepressivo. “Eu acho que já melhorou bastante. Eu preciso até perder mais peso, mas, se eu tiver que tomar esse remédio, eu não vou perder. O custo é muito alto”, diz ela.

“O antidepressivo, especialmente os tricíclicos e aqueles inibidores da recaptação da serotonina, que são os mais administrados usualmente, acabam levando a uma maior produção de uma substância chamada prolactina. A prolactina, por sua vez, diminui o nível de testosterona na circulação, no sangue, e a testosterona para homens e também para mulheres é o hormônio que motiva para o sexo”, explica a psiquiatra Carmita Abdo, do HC-USP.

fonte: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/12/medicamentos-de-uso-comum-podem-atrapalhar-vida-sexual.html

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