sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PF - Operação Panacéia II

Operação Panacéia II

Federal descobre rede de comércio ilegal de medicamentos

Pela primeira vez no Estado, nesta quinta, foram encontrados medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Por Marco Faria (redacao@eshoje.com.br).

Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos e quatro prisões efetuadas, nesta quinta-feira (02), durante a Operação Panacéia II. As ações foram feitas em conjunto entre a Polícia Federal (PF) e Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) em dois pontos da Grande Vitória, outros dois no sul do interior do Estado e um na divisa com Minas Gerais. A PF apreendeu medicamentos de uso controlado, recibos e atestados médicos para a compra de fármacos de tarja preta - previamente assinados e carimbados, faltando apenas ser preenchidos com o nome do remédio.
Pela primeira vez no Estado, nesta quinta, foram encontrados medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Operação Panacéia II ocorreu exclusivamente no Espírito Santo, onde, em outubro, a Operação Panacéia apreendeu 161.000 remédios comercializados ilegalmente e 22.533 em outros sete Estados brasileiros. A quantidade de medicamentos encontrados no Estado correspondeu a mais de 15% do montante apreendido em todos os países participantes da Operação Pangea (da qual a Panacéia faz parte).
O delegado federal, Marcos Pugnal, detalhou a segunda parte da operação que investiga o tráfico de remédios no Brasil e em outros 44 países. Segundo ele, foi descoberta uma quadrilha de nove membros, na qual quatro forneciam remédios encontrados em farmácias, dois ficavam encarregados dos manipulados e os outros três faziam o envio pelos correios das encomendas feitas pela internet.
A Operação Panacéia, no ES, é um braço da operação internacional denominada Pangea III, presente em 45 países e coordenada pela Interpol, e foi fruto de quase oito meses de investigação, na qual foi descoberta a venda ilegal de medicamentos de tarjas preta e vermelha, que só poderiam ser vendidos com receita médica. Entre os comercializados, estavam anorexigenos e psicotrópicos como a sibutramina, o diazepan e o prozac. Eles eram comercializados de maneira ilegal em farmácias, academias e sites da internet.
Nos websites, eles eram ofertados como produtos de beleza seguidos de um código e, em fóruns de discussão, os códigos eram descriminados com o nome dos medicamentos. Segundo Pugnal, o material apreendido superava a movimentação anual de R$ 1 milhão. Os medicamentos proibidos   são considerados como drogas de acordo com a Lei 11.343/06 (Lei de entorpecentes) e da Portaria 344/98-ANVISA. Por esta causa, os acusados  poderão ser enquadrados no crime de tráfico se drogas, com penas que vão de três a dez anos de prisão.
Em todo o Brasil, foram apreendidos remédios de uso controlado, sem permissão de venda no país e falsificações, vindos principalmente da Ásia e Europa, que chegavam por meio das fronteiras com Paraguai e Uruguai.
No Estado do Pará foram presas dez pessoas da Secretaria de Saúde em Altamira, acusadas de desviar remédios que deveriam ser distribuídos gratuitamente à população, para serem comercializados em farmácias da cidade. De acordo com Pugnal, não foi registrado nenhum caso semelhante no Espírito Santo.
Panacéia, segundo a mitologia grega, era a deusa da cura e o termo é comumente utilizado como significado de "remédio para todos os males". Pangea (em português, Pangéia) era o continente que, na teoria da deriva continental, era composto pela junção de todos os outros continentes há 200 milhões de anos.

fonte: http://www.eshoje.com.br/portal/leitura-noticia,inoticia,7996,federal+descobre+rede+de+comercio+ilegal+de+medicamentos.aspx

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