sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Automedicação infantil - É ainda maior e pode ser fatal


RISCO DE AUTOMEDICAÇÃO INFANTIL É AINDA MAIOR E PODE SER FATAL
Médico alerta para perigo de deixar medicamentos ao alcance de crianças


Médico alerta para perigo de deixar medicamentos ao alcance de crianças, que respondem por quatro em cada dez casos de intoxicações farmacológicas

O uso de medicamentos em crianças sem indicação clínica pode levar à intoxicação e até ser fatal. De acordo com o Dr. Edson Liberal, médico pediatra e presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), mesmo em doses corretas, a automedicação infantil pode trazer graves consequências para a criança e efeitos colaterais indesejáveis.
"A automedicação em si já é uma situação perigosa. Em crianças o risco é maior ainda", alerta o especialista. Ele cita situações em que as intoxicações podem acontecer quando a utilização de remédios se faz por conta própria - como quando os pais indicam e administram medicamentos nos filhos -, e nos casos em que a criança ingere o medicamento inconscientemente, pensando ser bala, por exemplo. "Comprimidos coloridos e líquidos atraentes chamam a atenção das crianças, por isso o cuidado deve ser redobrado", acredita.


Segundo o último levantamento do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), em 2008 foram intoxicadas pelo uso incorreto de medicamentos 9.956 crianças de 0 a 9 anos - o que representa aproximadamente 38% dos casos de intoxicações farmacológicas. "Nos casos de administração incorreta é necessário entrar em contato com um centro de intoxicação e com o médico e, se necessário, levar a criança para atendimento", salienta.
"Há uma tendência em administrar medicamentos indiscriminadamente, como aqueles para tosse ou resfriado. É ainda uma questão cultural", aponta o Dr. Liberal. O hábito de ter 'farmácias caseiras' também não é recomendado. "Quanto menos medicamentos em casa, melhor. Eles devem ser mantidos longe do alcance das crianças".

Os pais devem estar sempre em alerta para não facilitar o acesso das crianças aos medicamentos. Para o Dr. Liberal, a variação das consequências é ampla e pode, inclusive, levar à morte, pois alguns medicamentos têm efeitos colaterais severos. "No caso de ocorrer interações medicamentosas o resultado pode ser ainda mais perigoso", ressalta. "Alguns remédios, quando utilizados simultaneamente, podem potencializar a ação do outro ou até causar a perda do efeito", completa.

No caso dos medicamentos homeopáticos - que não são agressivos e não possuem contraindicações para crianças -, também é importante que sejam recomendados por um médico, seja ele homeopata ou alopata. "Todos os profissionais de medicina estão aptos a indicar medicamentos, por isso devem ser consultados em casos de necessidade", ressalta o Dr. Liberal.

Fonte: Boletim SnifBrasil
fonte: http://www.sindifarmajp.com.br/noticias.php?not_id=3044 

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