Farmacovigilância
A Agência Regulatória de Medicamentos e Produtos para Saúde do Reino Unido (Medicines and Healthcare
products Regulatory Agency – MHRA), publicou comunicação sobre a ocorrência de casos de câncer de
mama masculino, notificados durante a realização de ensaios clínicos e em tratamentos com finasterida1.
No Reino Unido, assim como no Brasil2, a finasterida é aprovada para o tratamento de hiperplasia prostática
benigna (HPB) e para alopecia androgênica (calvície masculina). A finasterida é um inibidor específico
da 5‑alfa‑redutase tipo II, uma enzima intracelular que metaboliza a testosterona, transformando‑a em um andrógeno mais potente, a di‑idrotestosterona (DHT)3.
Até novembro de 2009, de acordo com o banco de dados internacional sobre segurança de medicamentos,
foram descritos 50 casos de câncer de mama masculino, no mundo, com o uso da finasterida na dose de 5
mg, e 3 casos com a dose de 1 mg. Uma revisão das informações disponíveis sugere que “não pode ser excluído um aumento do risco de câncer de mama, em homens, com o uso da finasterida”.1
Um possível mecanismo para esta associação é a farmacodinâmica da finasterida. O uso da finasterida
leva a uma redução dos níveis de DHT, acompanhada de um aumento nos níveis de testosterona e estradiol.
O aumento dos esteróides sexuais tem o potencial de aumentar o risco de câncer de mama3.
Referências bibliográficas
1. World Health Organization (WHO). Finasteride: Potential risk of male breast cancer. WHO Pharmaceutical Newsletter 2009 Nº 6 & 2010 N° 1, p. 16.
2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Bulário on‑line. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br
3. Medsafe. Prescriber Update Vol. 31,
fonte: http://www.cff.org.br/userfiles/file/boletim/2010/farmacoterapeutica.pdf
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