Pesquisa aponta que o brasileiro não tem informações suficientes sobre a doença
São Paulo – O sul do Brasil ocupa o segundo lugar em um alarmante ranking nacional. De acordo com o Ministério da Saúde, a região formada por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná é a segunda onde há mais internações hospitalares por tromboembolismo venoso (TEV) e, consequentemente, ocupa a vice-liderança no número de mortes causadas pela doença.
Esse dado é ainda mais grave se levado em consideração outro resultado de uma pesquisa apresentada em outubro: 36% da população já ouviu falar em trombose, mas não sabe o que é. Um número semelhante, 39%, também nunca ouviu falar em embolia pulmonar, agravante da trombose que leva ao tromboembolismo venoso. O estudo foi realizado pelo Ibope, com apoio da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e do grupo farmacêutico Sanofi-Aventis.
Conhecido no meio médico como trombose venosa profunda, o problema ocorre quando há formação de coágulo em veias profundas, geralmente nas pernas. O sintoma aparente é o inchaço, acompanhado de dor. A doença muitas vezes é silenciosa: em alguns casos, o membro apresenta pouco ou nenhum inchaço.
Maior agravante da trombose, a embolia pulmonar é diagnosticada quando parte do coágulo (também chamado trombo) cai na circulação e segue em direção aos pulmões, bloqueando a artéria pulmonar e restringindo o fluxo de sangue aos pulmões. Quando as duas doenças ocorrem associadas, o quadro é de tromboembolismo venoso, que em 2009 matou 154 pessoas na Região Sul, segundo o Ministério da Saúde.
Apenas o Sudeste supera o Sul em casos e mortes por tromboembolismo venoso. Adamastor Humberto Pereira, angiologista e cirurgião vascular, presidente da Regional RS da SBACV, tece uma justificativa para esse quadro: para o médico, os hábitos de vida impulsionados pelo frio característico do Sul contribuem para fatores de risco de trombose.
– O primeiro aspecto é que é a região onde o pessoal se alimenta melhor e onde há mais obesidade. O segundo é que, com o frio, a tendência é fazer menos exercícios físicos do que nos lugares mais quentes. Mas como não há uma pesquisa que cruze os fatores de risco, essa é uma interpretação que os especialistas fazem – diz.
A principal ação de prevenção, defende o médico, é praticar exercícios físicos regularmente:
– Qualquer exercício físico regular que movimente as pernas é fundamental e dá benefícios para o sistema cardiovascular como um todo. Vale bicicleta ergométrica, esteira, caminhada ou corrida, desde que por 20 minutos e três vezes por semana. O exercício é o remédio mais barato e acessível a todos.
*A repórter viajou a São Paulo a convite da Sanofi Aventis
cristiane.barcelos@pioneiro.com
CRISTIANE BARCELOS*
Esse dado é ainda mais grave se levado em consideração outro resultado de uma pesquisa apresentada em outubro: 36% da população já ouviu falar em trombose, mas não sabe o que é. Um número semelhante, 39%, também nunca ouviu falar em embolia pulmonar, agravante da trombose que leva ao tromboembolismo venoso. O estudo foi realizado pelo Ibope, com apoio da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e do grupo farmacêutico Sanofi-Aventis.
Conhecido no meio médico como trombose venosa profunda, o problema ocorre quando há formação de coágulo em veias profundas, geralmente nas pernas. O sintoma aparente é o inchaço, acompanhado de dor. A doença muitas vezes é silenciosa: em alguns casos, o membro apresenta pouco ou nenhum inchaço.
Maior agravante da trombose, a embolia pulmonar é diagnosticada quando parte do coágulo (também chamado trombo) cai na circulação e segue em direção aos pulmões, bloqueando a artéria pulmonar e restringindo o fluxo de sangue aos pulmões. Quando as duas doenças ocorrem associadas, o quadro é de tromboembolismo venoso, que em 2009 matou 154 pessoas na Região Sul, segundo o Ministério da Saúde.
Apenas o Sudeste supera o Sul em casos e mortes por tromboembolismo venoso. Adamastor Humberto Pereira, angiologista e cirurgião vascular, presidente da Regional RS da SBACV, tece uma justificativa para esse quadro: para o médico, os hábitos de vida impulsionados pelo frio característico do Sul contribuem para fatores de risco de trombose.
– O primeiro aspecto é que é a região onde o pessoal se alimenta melhor e onde há mais obesidade. O segundo é que, com o frio, a tendência é fazer menos exercícios físicos do que nos lugares mais quentes. Mas como não há uma pesquisa que cruze os fatores de risco, essa é uma interpretação que os especialistas fazem – diz.
A principal ação de prevenção, defende o médico, é praticar exercícios físicos regularmente:
– Qualquer exercício físico regular que movimente as pernas é fundamental e dá benefícios para o sistema cardiovascular como um todo. Vale bicicleta ergométrica, esteira, caminhada ou corrida, desde que por 20 minutos e três vezes por semana. O exercício é o remédio mais barato e acessível a todos.
*A repórter viajou a São Paulo a convite da Sanofi Aventis
cristiane.barcelos@pioneiro.com
CRISTIANE BARCELOS*
fonte: http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/impressa/11,3101267,157,15855,impressa.html
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