terça-feira, 16 de novembro de 2010

Prática da automedicação pode causar doenças graves

Prática da automedicação pode causar doenças graves

Hábito praticado por 80% da população leva a efeitos colaterais como problemas no fígado, úlcera e queda de pressão

Apesar de ser contra-indicado, cerca de 80% da população brasileira costuma tomar remédios por conta própria quando está doente. No entanto, este hábito pode causar doenças graves.

A dose exagerada de comprimidos para resfriado, por exemplo, pode ter como efeito colateral aumento da pressão sanguínea. Confira os problemas das principais medicações.

Os riscos que você corre
“Todo medicamento causa reação”, diz Francis Tourinho, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas. Ela aponta os principais perigos dos remédios mais usados em automedicação:

Analgésico
Usado para aliviar dores leves e moderadas. Há vários princípios ativos nas substâncias dos analgésicos, cada um com uma reação adversa:

Paracetamol (Tylenol, Naldecon)
Complicação - A superdosagem expõe o fígado a danos irreversíveis, como a hepatite.

Dipirona (Novalgina, Neosaldina)
Complicação - Causa queda de pressão arterial e problemas do sangue.

Ácido acetilsalicílico (Aspirina, Melhoral)
Complicação - Esse é um veneno para quem tem úlcera. Pode provocar um ataque em quem sofre de asma e agrava doenças dos rins e do fígado.

Antitérmico
A febre surge quando há no corpo alguma infecção, inflamação ou lesão. Esses problemas causam no organismo uma confusão no mecanismo de controle de temperatura. Os antitérmicos evitam que isso aconteça.

Complicação - Doses exageradas podem baixar, por algum tempo, o número de células de defesa no organismo.


Antiinflamatório
Quando o corpo sofre uma lesão ou é atingido por doenças inflamatórias, a região afetada recebe doses elevadas de uma substância que inflama e incha os tecidos. Isso provoca dor e febre. Os antiinflamatórios barram esse processo.

Complicação - Em excesso, os remédios desse tipo causam problemas cardiovasculares, inchaço nas pernas e hipertensão. Eles também aumentam o risco de úlceras e gastrite.

Antibiótico
Se o nosso organismo está com infecções causadas por bactérias, os antibióticos entram em ação para evitar que elas se multipliquem.

Complicação - O uso em excesso pode aumentar a resistência das bactérias contra o medicamento. Isso diminui bastante a eficácia dos tratamentos com esse tipo de remédio.

Mãe não é médico!
Um estudo recente apontou quem costuma indicar o remédio no lugar do médico. A pesquisa foi feita na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Em primeiro lugar ficou a mãe: em mais da metade das vezes, ela é quem “receita” ao filho. Já o funcionário da farmácia é responsável por dois em cada dez casos de automedicação.

A terceira maior culpada é uma receita antiga que estava na gaveta. “Os remédios não podem ser usados sempre. Afinal, eles podem esconder sintomas de uma doença grave”, orienta Terezinha Pinto, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.



fonte: http://www.abril.com.br/noticias/ciencia-saude/pratica-automedicacao-pode-causar-doencas-graves-411350.shtml

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