terça-feira, 9 de novembro de 2010

ONG que tenta liberar maconha chega ao Brasil

ONG que tenta liberar maconha chega ao País

Ativistas americanos, derrotados neste mês em plebiscito na Califórnia, vão ao Congresso brasileiro defender a descriminação da droga

09 de novembro de 2010 | 0h 00
Uma das organizações não governamentais americanas mais atuantes em defesa da descriminação da maconha, a Norml, chega ao Brasil nas próximas semanas. Com sede no Rio, a ONG tentará formar grupos para lutar no Congresso pela liberação da droga.
"Nossas ações serão, basicamente, acompanhar o noticiário sobre maconha no País, organizar eventos e protestos, além de pressionar os legisladores para aprovar a descriminação da maconha. Nosso objetivo é combater a proibição da maconha para adultos", disse um dos gerentes da Norml, Ross Belvilly, de 42 anos. "Esperamos formalizar o contato em outras cidades para levar nossa mensagem."
Com sede na Califórnia, a Norml brasileira adaptará o discurso original. No lugar de propostas mais voltadas para o uso medicinal da droga, no Brasil, o discurso privilegiará a relação entre a venda ilegal e a violência.
"Queremos mostrar que a violência e os crimes relacionados com a maconha são decorrentes da proibição e não por causa da droga em si. O que você proíbe, você entrega aos bandidos. E criminosos fazem coisas de criminosos. Se você legalizar a maconha, verá que as pessoas que usam vão resolver os seus problemas no tribunal, como as pessoas que usam álcool ou tabaco resolvem", disse Belvilly. "Sei que o Brasil é um país muito religioso. Aqueles que cresceram na Igreja podem achar que maconha é coisa do mal. Os brasileiros têm de entender que a maconha é uma planta de Deus. O problema foi o jeito que se usou para controlá-la."
Segundo outro responsável em trazer a ONG para o Brasil, Ranieri Guimarães, a Norml pretende ser uma fundação. "Será uma entidade filantrópica. Vamos atuar na tradução de livros sobre o uso da maconha e pretendemos criar escolas."
Para um dos organizadores da Marcha da Maconha, o sociólogo Renato Athayde, no Brasil o apelo ao uso medicinal tem pouca influência sobre a população. "Vamos apoiá-lo, mas expliquei para eles que a população entende melhor a causa quando associada à violência."
Segundo o sociólogo, o Brasil tem pelo menos três organizações em defesa da liberação da maconha: a Psicotrópicos, a Grow Room (que prega o cultivo doméstico) e a Nova Sociedade Libertadora. "Pregamos também a defesa de outros direitos civis, como a descriminação do aborto, a união civil entre homossexuais e a eutanásia."
PARA LEMBRAR
A ONG Norml foi uma das principais defensoras do "sim" no plebiscito que acabou rejeitando a legalização da venda de maconha para uso pessoal na Califórnia, Estados Unidos. Na consulta pública, ocorrida no começo do mês, 54% dos votos foram contra a liberação, e 46% a favor.

Apesar da derrota, a droga continuará sendo vendida com receita médica no Estado. Os defensores da legalização exibiram três principais argumentos: poderia contribuir para a redução do crime organizado na fronteira com o México; a venda poderia elevar a receita do Estado com impostos e evitaria a prisão de milhares de jovens anualmente na Califórnia.

Opositores da liberação, porém, observam que a maconha pode causar problemas de saúde, afetando funções como a memória.

fonte:  http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101109/not_imp636941,0.php

Um comentário:

  1. denise -Sinceramente eu concordomplenqamente quando fala que a violência e os crimes estão r5elaciondos a proibição,Liberando ou não a venda vai continuar e a guerra por pontos de ve ndas.

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